sábado, 9 de junho de 2012

A LUA


Na floresta escura e fria
Entre elfos, fadas e faunos
Surge a lua cheia com seu inseparável companheiro o lobo
Quando a lua chora tudo se escurece
As noites se tornam frias e sombrias
E nenhum animal se arrisca sair de suas tocas
O lobo também se encontra recolhido em seu leito
Ele sai a sua procura, com um uivo que corta a noite não a encontra
A lua está sangrando de dor
Seu coração está abatido, sem animo para brilhar
Sua ira faz com que o vento sopre entre as árvores, fazendo barulhos ensurdecedores
Elfos, fadas e faunos dormem um sono profundo
As nuvens são arremessadas ao céu como se fossem folhas sendo jogadas ao fogo
A dor em seu coração e tão sufocante que seu corpo padece se tornando vulnerável ao seu inimigos
E seu brilho foi perdido junto com suas lágrimas  
O lobo seu fiel companheiro encontra-se ali junto à ela, consolando e dando-lhe forças para que sua morte não sejas solitária como foi a maior parte de sua vida
Quando a lua morre o lobo morre com ela
Deitada no mais profundo abismo
Esse que até o coração mais cruel e frio que na floresta podia existir
Sentiu e se entristeceu com seu último suspiro.
O frio nos trás o que queremos esquecer
Com seu grande uivo o lobo tenta espanta sua solidão
Somente na presença de sua lua ele encontra a paz
Duas almas solitárias condenadas a vagar pela escuridão
Dois corações  feridos
Luz que banha a noite faz o sol adormecer
A final tudo se trona poesia e lenda
O lobo e sua tristeza a lua e a noite
O lobo na terra, a lua no céu, separados
 Mas, em suas tristezas sempre dormem abraçados