Imortal

Todas as noites eu penso
Eu pela luz você me perdeu
A saudade me acompanha
Insiste persiste
Teu nome e um grito preso em minha garganta
O coração não aceita sua perda
Por mais que eu busca aceita sua perda
Não consigo a saudade e demais
Por você mantive meu luto
Por você chorei
Por você lutei
Por você esperei
Mas perdi você
Antes mesmo de se quer te ganhar
As vezes perdido em minhas verdades eu conseguirei viver sem ter você ou saberei te esquecer
Como descrever o amor sentimento este que ferre e Mata ele atinge feito flecha
E onde ele acerta e no alvo uma vez só
E ali ninguém mais consegue arranca
Todos os dias você me leva uma Rosa
E em forma de borboleta eu a visito
Lhe acompanho em sua volta
Você já não me vê mais mas está presa em meus olhos
Mas sempre estive aí sempre estarei
Mesmo jamais podendo toca la

Um Louco

Preso dentro de nós

Parece ter vida própria

Como uma ferra ferida

Pode passar grande parte de nossa vida enjaulado

Acoado covarde bandido

Na jaula feito um bicho ferido

O que será o mantém enjaulado

Medo da liberdade

Medo de ser feliz

Medo de viver

Medo do mundo

O que o mantém preso não é uma chave uma grade ou uma jaula

Mas sim medo de amar

Medo deste fogo que queima e destrói

Medo desta dor que corrói

Medo de nascer e morrer

Medo de bater e parrar

Reprimido pela covardia

Mas sempre em busca da tão sonhada liberdade

Ela então assume sua forma

Após tempos de escuridão surge em forma de luz

E que linda esta luz

Cabelos cor de Ouro

Olhos que nos fazem perder entre as águas mais Claras e profundas do oceano

E o forte brilho da mais preciosa das pedras uma esmeralda

Pele macia e perfumada feito perfume das flores e a maciez das pétalas de rosas

Olhar penetrante e forte que até diamante corta

Sua voz e tão envolvente que até a tão sedutora sereia seduz

E qualquer ferra que ela ouve se acalma

Quem por tanto tempo preso vivia hoje a liberdade almeja

A fogueira então reacende

O fogo transpira

Os sentidos mudam

O suor de dor se transforma em calor

Aquele frio na barriga se torna empolgante

O médico se transforma em coragem

A lágrima se lança ao vento

O silêncio se torna minha voz

Quem por tanto tempo não mais batia de tanto bater hoje machuca

O fogo que queimava hoje aquece

O medo hoje conforta

A loucura do desespero hoje e loucura de amar

Quem tanto chorou de tristeza

Hoje chora de felicidade

Quem tanto temia hoje nada mais teme

Quem estava morto hoje vive

Mesmo estando preso é o que nos dá vida

Mesmo sendo louco nos ensina

Preso estava longe de você

Preso se estiver que estar continuará perto de ti

Sua ausência o faz sucumbir

Preso sem você não vivia

Estando preso já te amava e não sabia

Quem? E ele então quem é você afinal?

Você sabe bem quem és

Ele saberá quem és

Estando preso ou não és você quem com seu amor o faz viver

A MIRAGEM

Ao mesmo tempo tão longe dos olhos
Mas muito perto do coração
Distante perdida no tempo
Vem ao encontro do pensamento e a caminho do coração
Perdida nas areias do deserto
Entrelaçados entre os grãos  de areia
O alívio da alma a água da fonte
Um verdadeiro oásis em forma de flor
O despertar dos sonhos uma Deusa na terra
Aquilo que nos faz perder a direção
Em busca do imaginário
Um verdadeiro sopro de vida para quem sobre o seu deserto caminha
O melhor dos guerreiros cai aos teus pés, paga tributo a toda sua beleza, o azul dos teus olhos, o brilho do seu olhar
Azul ou Verde nada ofusca o brilho de teu olhar
O escudo do coração
O espelho da alma o sopro da vida
A água que mata minha sede
A música dos meus ouvidos
Quando tempo andando pelo Deserto vagando pelas suas escaldantes areias
Vagando e vagando na esperança  de te encontrar
Pouco me importa os raios do céu que queimam minha pele
Pouco me importa o calor que tanto me faz transpirar
Mantenho me vivo na esperança de te encontrar
De tuas águas poder matar minha sede
De em tua sombra  poder me abrigar 
E nela poder descansar muito mais que uma simples esperança
Muito mais que sua beleza que nela se esconde
Muito mais que o final da jornada de um caminho por tempo percorrido
Não importa o quanto forte eu tenho sido
Não importa o quanto longo este caminho pode ter sido
Ou longo ele tenha sido
Não importa o quanto sofrido tenho sido
O quando trabalhoso foi
Percorria todo ele quantas vezes fosse necessário
Rasgaria os sete véus
Moveria da terra toda sua areia e pularia no abismo
Medo de olhar para traz
Pois teria sua imagem presa em meu pensamento morreria e  nasceria novamente
Vagaria pelo tempo, tudo em mim se apagaria meus olhos, minha boca, meu cabelo, meu legado, minha história
Só não apagaria em minha memória o desejo de que em mil vidas eu tivesse o desejo minha miragem de te reencontrar